, , ,

Wine 10.0 chega para deixar o Windows mais próximo do Linux

Um dos softwares mais antigos do universo do código aberto acaba de ganhar uma nova versão. O Wine 10.0 traz uma série de refinamentos que tornam a ferramenta ainda mais eficiente em sua missão: executar softwares do Windows em distribuições Linux e outros sistemas baseados em Unix, sempre em tempo real.

Esse trabalho é mais complicado do que parece, pois não se trata de uma simples emulação. Aliás, “Wine” é um acrônimo divertido para “Wine Is Not an Emulator”, que significa “Wine não é emulador”.

Explicando de um modo bastante simplificado, o que o Wine faz é trabalhar como uma camada que traduz as instruções de softwares para Windows em instruções equivalentes para Linux. Se funciona? Bom, a ferramenta existe desde 1993.

O que o Wine 10.0 traz de novo?

Um dos atributos mais interessantes do Wine 10.0 é o suporte para Arm64EC, uma solução que permite que um software combine código Arm com código x64. Na prática, isso permite que o Wine execute softwares desenvolvidos para PCs com arquitetura Arm.

Mas, como o Ars Technica observa, esse recurso ainda é limitado, pois exige que “o tamanho da página do sistema seja 4K”, sendo que muitas distribuições compatíveis com Arm trabalham com tamanho de página de 16K.

Outro acréscimo bem-vindo é o suporte melhorado ao Wayland, um mecanismo gráfico mais eficiente e seguro do que o antigo X11. Isso significa que o Wine tende a exibir os softwares que executa com mais eficiência em distribuições Linux que já trabalham com o Wayland.

Também há mudanças focadas em jogos, a exemplo de correções que eliminam falhas na execução de títulos como Forza Horizon 4, Final Fantasy XI e na franquia Assassin’s Creed. Faz sentido: muita gente recorre ao Wine justamente para rodar games no Linux.

Outras novidades incluem:

  • suporte melhorado para telas com altas taxas de DPI (na prática, com resoluções elevadas);
  • suporte melhorado a teclados Dvorak (fazia tempo que eu não ouvia falar neles);
  • suporte melhorado a recursos do Direct3D;
  • um miniaplicativo que permite ajustar a configuração de tela que os softwares em execução no Wine usam;
  • numerosas correções de bugs.

A WineHQ, organização responsável pelo projeto, afirma que o Wine 10.0 é resultado de um ano de desenvolvimento que envolveu mais de 6.000 mudanças individuais na ferramenta. Parece que os esforços valeram a pena.

Como baixar o Wine 10.0?

Você pode acessar a página de download do Wine. Ali, basta baixar o pacote direcionado à sua distribuição Linux ou o mais próximo disso. Por exemplo, quem usa o recém-lançado Linux Mint 22.1 “Xia” pode instalar o pacote do Wine 10.0 para Ubuntu.

Por ali também há versões para FreeBSD e até para macOS 10.15.4 ou superior.

Com informações de It’s Foss

Wine 10.0 chega para deixar o Windows mais próximo do Linux