Mesmo batendo records de audiência entre os anos 1990 a 2000, alguns desenhos que você assistia quando era criança, envelheceram mal e hoje não cativam mais o público.
Com a produção crescente de novas animações, narrativas mais elaboradas e a expansão das plataformas de streaming, obras icônicas com “Os Flintstones” e “Thundercats” acabaram se tornando memórias preciosas para seus fãs.
Vale lembrar que todos os desenhos mencionados na lista estão disponíveis para você reassistir nas plataformas Max e Prime Video.
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10 desenhos que você assistia quando era criança, mas que envelheceram mal
Thundercats (1983)
Criado em 1985, “Thundercats” é um dos desenhos animados mais icônicos da década de 80. Ele misturava ação, fantasia e ficção científica, trazendo a história dos sobreviventes do planeta Thundera, produzidos por Lion-O, em sua luta contra o maligno Mumm-Ra e outras forças do mal em um novo mundo.
O sucesso inicial da série foi enorme, consolidando-se como um clássico para a geração que cresceu com ele. Apesar do seu impacto cultural, a popularidade da franquia não se manteve em níveis altos nas décadas seguintes.
Episódios isolados, sem continuidade e profundidade envelheceu em comparação a séries modernas com arcos narrativos mais complexos. “Transformers” e “He-Man”, encontraram novas formas de se reinventar, mas “Thundercats” não conseguiu oferecer algo verdadeiramente cativante para além da nostalgia.
KDN: Turma do Bairro (2002)
O desenho foca na aventura de cinco crianças que participam de uma organização secreta contra o autoritarismo dos adultos, eles se identificam por números, Nigel (Número 1), Hoagie (Número 2), Kuki (Número 3), Wallabee (Número 4) e a Abigail (Número 5).
A organização intitulada como “Kids Next Door – KND” fica localizada em uma casa da árvore onde escondem armas tecnológicas desenvolvidas por eles.
KND estampa a imagem de uma geração específica que cresceu nos anos 2000, e não envelheceu tão bem. O foco na batalha entre crianças e adultos pode não ressoar tanto com as novas gerações, que têm outras referências culturais e tipos de entretenimento.
Diferentemente de outras séries dos anos 2000 que tiveram reboots ou spin-offs (como “Ben 10”), KND não foi revivido oficialmente. Tentativas como “Galactic: Kids Next Door” nunca saiu do papel, o que limitou o alcance da franquia para novas audiências.
A Vaca e o Frango (1997)
“A Vaca e o Frango” acompanha as aventuras inusitadas de dois irmãos: uma vaca otimista e inocente, e um frango sarcástico e mal-humorado. Criados por pais humanos, que aparecem apenas da cintura para baixo, os dois vivem situações completamente surreais, repletas de comédia e personagens estranhos, como o vilão “Bum Defora”, um diabólico personagem vermelho que aparece frequentemente para atrapalhar suas vidas.
Com humor irreverente e momentos bizarros, a série explora temas de amizade, família e a loucura do dia a dia, sempre com um toque exagerado e absurdo. “A Vaca e o Frango” continha nudez e uma narrativa um pouco pesa para época, e avaliando seu contexto em tempos atuais não se encaixam com uma animação infantil.
O Laboratório de Dexter (1996)
Quem não lembra do menino ruivo que usava óculos, vestia um jaleco branco e sempre passava trabalho para esconder seu segredo. Esse é o mundo de Dexter, o menino que esconde um laboratório secreto atrás da porta do seu quarto.
Ele se dedica a criar engenhocas e resolver os maiores mistérios do universo. Ele precisa lidar com as armadilhadas constantes de Dee Dee, sua irmã mais velha, curiosa e destruidora nata, que sempre encontra uma maneira de entrar no laboratório e sabotar suas criações.
O desenho se baseava em fórmulas repetidas, como as invenções de Dexter sendo sabotadas por Dee Dee ou ele tentando esconder o laboratório dos pais. Isso pode ter um apelo limitado. Sem muitas evoluções dos personagens, como muitos programas contemporâneos fazem, a fórmula deixou “Dexter” um pouco datado.
Os Flintstones (1960)
“Os Flintstones” retratam a vida e os perrengues de Fred, Wilma e Pedrita, uma família que vive na cidade de Bredock e conta com a amizade dos vizinhos, Barney e Betty Rubble, pais do pequeno Bamm-Bamm. A série oferece uma visão cômica e crítica da sociedade dos anos 60, adaptando problemas contemporâneos à Idade da Pedra.
O desenho reflete os valores da época, com papéis de gênero tradicionais, mulheres dona de casa e homens no trabalho, o que não reflete mais a sociedade atual. Enquanto desenhos como “Os Simpsons” ou “Family Guy” exploram sátiras sociais modernas, “Os Flintstones” permanece preso à época.
Johnny Bravo (1997)
O desenho “Johnny Bravo” brinca com estereótipo egocêntrico e mulherengo e que sempre dá mal no quesito conquistar mulheres. Por isso, ele se encaixa bem ao que hoje é intitulado “Hétero Top”.
O desenho se passa com uma narrativa fraca e uma perspectiva única de Johnny que não evolui muito ao longo dos episódios. Essa mesmice causa tédio ao espectador atual que espera de uma série um desenrolar diferente e profundo a longo prazo.
Meu Amigo da Escola é um Macaco (2005)
Essa é uma obra totalmente a cara do Cartoon Network com humor elevado e um toque de surrealismo. Adam Lyon, é um jovem estudante que, foi transferido para uma escola totalmente frequentada por animais falantes. Ele faz amizade com Jake Macaco-Aranha e juntos enfrentam os desafios de um ambiente escolar caótico.
O humor caótico e o uso frequente de piadas exageradas, muitas vezes baseadas em situações absurdas, não são mais tão populares entre a audiência infantil. As gerações mais novas tendem a narrativas com maior profundidade emocional, como vemos nos em desenhos “Steven Universo” ou “Hora de Aventura”.
Os Smurfs (1981)
Cidadãos azuis pequeninos vivem na Vila Smurf enquanto se escondem do vilão Gargamel. Um roteiro simples para época, mas que rendeu alguns fãs espalhados pelo mundo. A obra do cartunista belga Peyo, peca com a geração atual justamente pela simplicidade, o que já não encanta mais as crianças.
Além da narrativa, outro ponto crucial para perda de interesse é a falta de representatividade feminina. O desenho se passa em um cenário só de gnomos masculinos que volta e meia não valorizam a única mulher entre eles, a Smurfette.
Rocket Power (1999)
“Rocket Power” acompanha as aventuras de Otto, Reggie, Twister e Sam, um grupo de amigos apaixonados por esportes radicais. Com muita adrenalina e espírito aventureiro, o desenho captura a essência da cultura dos esportes radicais dos anos 2000.
“Rocket Power” é mais uma animação que perdeu seu encanto pela repetitividade dos episódios, além da estética e da produção serem datadas em comparação as animações atuais.
Os Padrinhos Mágicos (2001)
Com uma mistura de humor absurdo, aventuras mágicas e personagens excêntricos, “Os Padrinhos Mágicos” apresentaram ao espectador as vivências de Timmy Turner que vive uma vida difícil, sendo ignorado por seus pais e atormentado por sua babá malvada, Vicky.
Tudo muda quando ele descobre que tem dois padrinhos mágicos, Cosmo e Wanda, que podem realizar qualquer desejo seu.
A repetição de enredos em torno de desejos que dão errado e a necessidade de consertar as situações, a adição de personagem para “encher linguiça” desgastou a fórmula original e desfigurou o que antes era apenas Timmy, Cosmo e Wanda. A falta de inovação narrativa tornou os episódios previsíveis, o que desmotivou tanto o público infantil quanto os fãs mais antigos.
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