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Como são as colaborações globais em IA, especialmente entre China e EUA?

Um levantamento recém-liberado nos mostra como as nações estão colaborando entre si para pesquisas e trabalhos relacionados à inteligência artificial (IA). E, apesar do clima de Guerra Fria entre EUA e China, no meio acadêmico, a “ordem” é colaboração. Ao longo dos últimos dez anos, especialistas em IA estadunidenses e chineses estão entre os colaboradores mais frequentes em projetos de pesquisa no tema.

O estudo é da publicação Rest of World, que se baseia em dados do Emerging Technology Observatory da Universidade de Georgetown (EUA). O documento indica que, apesar das tensões geopolíticas, a colaboração entre pesquisadores desses países permanece robusta, especialmente em áreas, como visão computacional.

A pesquisa também destaca aumento nas colaborações transnacionais em países não ocidentais. Na última década, nações, como Índia, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Arábia Saudita, Paquistão, Malásia, Brasil e Taiwan, têm intensificado suas parcerias internacionais em IA.

Essas colaborações são essenciais para garantir que diferentes perspectivas e contextos sociais sejam considerados no desenvolvimento de tecnologias de IA, promovendo soluções mais inclusivas e eficazes.

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Barreiras para a colaboração entre China e EUA

No entanto, desafios persistem. Questões relacionadas à segurança nacional e políticas de imigração estão impactando o fluxo de talentos em IA entre China e EUA, com especialistas alertando para possíveis efeitos negativos na inovação a longo prazo.

Além disso, investimentos significativos, como o de US$ 1,4 bilhão (R$ 8,35 bilhões, na conversão direta) da Microsoft no G42 dos Emirados Árabes, enfrentam obstáculos devido à rivalidade tecnológica entre EUA e China, evidenciando como as tensões geopolíticas podem afetar parcerias globais em IA.

ONU propôs criação de órgão internacional para monitorar e regulamentar IA (Imagem: greenbutterfly/Shutterstock)
  • Em resposta a essas dinâmicas, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs a criação de órgão internacional para monitorar e regulamentar a IA, semelhante ao Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas;
  • O objetivo é abordar os riscos associados à IA, capacitar nações em desenvolvimento e facilitar a cooperação global, reconhecendo a necessidade de abordagem coletiva diante dos rápidos avanços tecnológicos;
  • Sendo assim, embora EUA e China continuem a liderar as colaborações em pesquisa de IA, é evidente que a inovação está se tornando mais distribuída globalmente;
  • A intensificação das parcerias transnacionais, especialmente entre países não ocidentais, ressalta a importância de abordagem colaborativa para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que a inteligência artificial apresenta no cenário mundial.
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Brasil está no top10 em trabalhos colaborativos de IA. Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock

Principais parceiros do Brasil no tema

Tratando-se dos pesquisadores brasileiros, as principais colaborações são com estadunidenses, britânicos e chineses, seguidos por portugueses e franceses. Também se destacam trabalhos com alemães e canadenses. O Brasil, por sinal, ocupa a décima colocação dentre os países com mais colaborações no setor.

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