Perigos do Jammer: 5 motivos para não usar bloqueadores de Bluetooth

Considerado ilegal, o bloqueador de Bluetooth pode deixar pacientes em risco e atrapalhar a comunicação de aeroportos e até pedidos de socorro em emergências; veja por que não usar o Jammer Um Jammer é um dispositivo eletrônico projetado para interferir em sinais de comunicação que, além de ser ilegal, pode colocar pessoas em risco em diferentes níveis de gravidade. O aparelho viralizou recentemente após aparecer em vídeos interrompendo o sinal Bluetooth de caixas de som nas praias brasileiras. O uso do Jammer pode atrapalhar o tratamento de pacientes em hospitais, dificultar a comunicação de aeroportos e até impedir pedidos de socorro em situações de emergência.
Além disso, ao tentar obter o dispositivo, o usuário pode tomar prejuízos financeiros tanto comprando pela internet, quanto tentando fazer um a partir de um outro aparelho. A seguir, confira cinco motivos para não usar o Jammer.
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Jammer é ilegal no país; veja perigos e entenda o porquê
Reprodução/Redes sociais
No índice abaixo, confira motivos para não usar bloqueadores de
Usar Jammer é crime
Você pode sofrer golpes ao comprar pela Internet
Você pode nem conseguir criar um
Você pode pôr a vida de pessoas em hospitais em risco
Você pode atrapalhar a comunicação de aeroportos
1. Usar Jammer é crime
Criado para bloquear diferentes frequências como Wi-Fi, Bluetooth, GPS e sinais de celulares, o Jammer tem como objetivo principal interferir em comunicações entre dois dispositivos. A utilização inicial do aparelho se deu no meio militar, para coibir espionagem e garantir a segurança. No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) restringe o uso de qualquer aparelho que bloqueie sinais de radiocomunicação.
Jammer no Brasil é crime pela Resolução nº760
Reprodução/PRF
Na Resolução n.º 760 e outras regulamentações, a agência estabelece que apenas alguns órgãos governamentais têm autorização para usar bloqueadores. Sendo assim, somente a Presidência da República, Ministério da Defesa, Forças Armadas, Gabinete de Segurança Institucional, Ministério da Justiça e Segurança Pública, Agência Brasileira de Inteligência e órgãos de segurança pública e de administração penitenciária podem fazer uso de tais dispositivos. Portanto, o uso comercial de Jammers em território nacional não é permitido. Isso inclui a compra, venda, importação, fabricação e utilização de dispositivos bloqueadores de sinais sem autorização.
2. Você pode sofrer golpes ao comprar pela Internet
A compra de jammers pela internet pode expor o usuário a diversos golpes. Como não há lojas legalizadas que vendam esses aparelhos no país, os interessados ​​acabam recorrendo a vendedores clandestinos. Isso cria um ambiente propício para fraudes, já que não há garantias de que o produto será entregue após o pagamento. Mesmo quando o dispositivo é entregue, há um alto risco de ele ser defeituoso ou incapaz de bloquear as frequências prometidas.
A compra de jammers pela internet pode expor o usuário a diversos golpes
Reprodução/Freepik
Muitos desses bloqueadores são fabricados sem passar por testes de controle de qualidade, o que pode resultar em produtos que não funcionam ou que podem até causar danos a outros dispositivos eletrônicos próximos. Nesse cenário, o comprador dificilmente terá acesso ao suporte técnico nem garantia para reparos ou substituições.
3. Você pode nem conseguir criar um
Na tentativa de obter o aparelho, usuários podem recorrer a tutoriais na internet que ensinam a fabricá-lo. Muitos desses guias envolvem a adaptação de dispositivos como roteadores Wi-Fi ou smartphones com antenas modificadas. Essas modificações podem incluir conhecimentos técnicos além de ferramentas específicas que não estão amplamente disponíveis para o público geral.

Reprodução/Danilo Dias
Como não há garantias de que os procedimentos levem a construção de Jammers funcionais, as adaptações necessárias, podem inutilizar aparelhos, causando danos irreparáveis ​sem o retorno desejado. Além disso, tutoriais de internet muitas vezes omitem detalhes importantes ou fornecem instruções incompletas, o que aumenta ainda mais as chances de erro. Vale lembrar que, mesmo fabricando de forma caseira, o uso de Jammers sem autorização continua sendo proibido.
4. Você pode pôr a vida de pessoas em hospitais em risco
Caso você consiga comprar pela internet ou mesmo fabricar clandestinamente um Jammer, usar o aparelho pode significar por em risco a vida de pessoas em hospitais. A interferência do sinal pode atrapalhar o funcionamento de equipamentos médicos que dependem de redes sem fio para operar com precisão, como bombas de insulina e ventiladores mecânicos, além de impactar no funcionamento de dispositivos voltados para o monitoramento vital.
5. Você pode atrapalhar a comunicação de aeroportos
Não é novidade que aeroportos são locais onde a comunicação é um fator primordial. Por conta disso, o uso de jammers pode afetar tanto as operações de segurança quanto as interações entre os funcionários e passageiros. Esses dispositivos podem bloquear sinais como a troca de informações cruciais sobre condições ambientais, mudanças de rota ou emergências, aumentando significativamente o risco de acidentes.

Reprodução/AFP
A comunicação interna de aeroportos também pode ser afetada, subutilizando os dispositivos usados ​​pelos funcionários para coordenar operações de segurança e logística, como o controle de bagagens, monitoramento de passageiros e transporte de aeronaves. A falta de comunicação eficaz pode prejudicar a gestão de emergências, atrasos nos voos, e até a capacidade de resposta a situações de segurança preocupantes.
Com informações de G1 e DHS
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